sábado, 28 de novembro de 2015

Resposta à TAG Liebster Award - Descobrindo Novos Blogs"

Olá, pessoal! Hoje o post é diferente. Fui indicada pela blogueira Maísa Andreoli, do blog Pequeno Mundo dos Livros para fazer a tag “Liebster Award- Descobrindo Novos Blogs”. Espreita lá:


- Escreva 11 fatos sobre você. 

- Responda às perguntas de quem te indicou. 

- Indique de 11 a 20 blogs com menos de 200 seguidores. 

- Faça 11 perguntas para quem indicar. 

- Coloque a imagem que mostre o selo Liebster Award. 

- Link quem te indicou.

11 factos sobre mim

1) Sou muito esquisita com comidas, quando gosto daquela comida temperada de uma maneira tem que ser daquele jeito.

2) Estive num Clube de Voleibol durante 4 anos. 

3) Já participei num concurso de Misses. 

4) Já ganhei um prémio de um concurso de contos da Nissan. 

5) Detesto falar em público. 

6) Adoro vampiros, lobisomens e todas essas criaturas do fantástico. 

7) Pipocas salgadas são a minha perdição! *o* 

8) Nunca provei comida japonesa, nem chinesa (e nem muitas outras, mas essas são as que mais tenho curiosidade).

9) Gosto de ler livros de ficção-científica, aqueles com histórias verídicas, policiais e tudo o mais, por mais enigmáticas que sejam não me cativam. Todas as histórias que leio têm sempre uma personagem com poderes ou um mundo diferente.

10) Detesto filmes de terror. Isto porque fico "traumatizada", digamos assim, durante muito tempo. Ainda tenho medo de um filme que vi há 8 anos numa festa do pijama em miúda… 

11) Morro do medo de baratas.

Perguntas de quem me indicou

1 - O que você considera constrangedor, mas faz quando ninguém está observando? 
Falar sozinha ahah Falo imenso comigo mesma, mas ajuda-me a manter a organização e o foco no que estou a fazer. 

2 - Se você fosse um desenho da Disney, qual seria e por quê? 
Bela, da Bela e o Monstro. Desde pequena que a adoro! Simplesmente porque como ela adoro ler.

3 - O que você faria se os cientistas comprovassem que o mundo acabaria dentro de um ano? 
Trabalhava uns meses na área que gosto e depois viajava pelo mundo para acabar em grande. :) 

4 - Se você pudesse mudar somente um fato do seu passado, qual seria? 
Não me ocorre nada que gostasse de mudar, simplesmente acho que tudo o que é passado está lá por um motivo.

5 - Qual é o seu passatempo favorito? 
Ver séries! 

6 - O que você faria pelo país se tivesse poderes para acabar totalmente com um, e somente um, de seus problemas? 
Mudava a mentalidade do povo português. A chave para mudar o país é mudar o grande problema para que depois esse resolva os outros.

7 - Com qual famoso você faria parceria, e por quê? 
Bem, parceria, parceria faria com Fernando Pessoa, mas visto que está morto e mesmo em vida era anti-social e não faria parcerias, bem… sem dúvida que seria com a Jennifer Lawrence, não me importava de fazer dezenas de posts a falar dos filmes e aventuras desta grande atriz. :)

8 - Qual citação define sua personalidade? 
“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.” -Fernando Pessoa 

9 - O que você gostaria que fosse melhor em seu blog? 
O layout, simplesmente acho que não está atrativo o suficiente.

10 - Qual foi seu pior pesadelo na infância? 
Nenhum acho eu ahah Tive uma boa infância. :)

11 - O que você sonha realizar até o fim da sua vida? 
Alguma descoberta fantástica na minha área e ficar marcada como alguém importante. Isto e ser feliz, viajar pelo mundo, entre muitas outras coisas. ;)

Blogs que indico

1) Sentes saudades de alguém em especial?

2) Pipocas doces ou salgadas?

3) Qual consideras a melhor estação do ano?

4) Diz um livro e um filme que te marcaram. Porquê?

5) Qual foi a última coisa que te fez chorar?

6) Uma música com a palavra AMOR

7) Ser amigo é…

8) Qual o tema do último post do teu blog? Deixa o link. :)

9) Qual a meta/sonho que desejas cumprir até ao final do ano?

10) Para ti o Natal significa…

11) Qual a blogueira que mais admiras?


Não te esqueças de comentar o que achaste do post e de espreitar os sites que indiquei para ver as suas respostas e, se até gostares deles como eu gosto, torna-te seguidor(a). ;)


sábado, 21 de novembro de 2015

Filmes: The Hunger Games: Mockingjay- Part 2

A estreia foi a 19 de Novembro e os amantes da saga já não conseguiam aguentar pelo grande final dos Hunger Games: "The Hunger Games: Mockingjay - Part 2"!

**SPOILER ALERT**


Depois de ler todos os livros da saga e todos os filmes lançados até à data, como grande fã, aguardava ansiosamente o filme.

Quando as luzes da sala desligaram e o filme começou senti que uma parte da minha vida como leitora estava a acabar. Os Jogos da Fome foram dos únicos livros que me prenderam do início ao fim, sem sentir que já estava farta, ou até desiludida com o seguimento da história.

Há algum tempo que li os livros, sabia o que iria acontecer, mas não foi por isso que o filme deixou de me surpreender. Muito bem produzido, com bons efeitos e com atores fantásticos, o filme foi um dos melhores que já vi.

Todo o filme foi um fechar de capítulo, uma conclusão de todo o desenrolar da história. Acabou de uma forma previsível? Claro. Acabou de um jeito como todos os contos de fadas? Claro. E claramente que os personagens mereciam esse final depois do sofrimento que passaram. 

A Katniss iniciou dizendo que não queria ter filhos, mas claramente o mundo mudou e os seus motivos para não os querer também. Pensava-se que ela acabaria com o Gale que sempre fez tudo por ela, mas acabou com o Peeta, aquele sem o qual ela não conseguiria viver sem. O Peeta não queria que os Jogos/Snow o transformassem em algo que não era, transformaram-no, mas, ainda assim, ele conseguiu encontrar o seu caminho de volta.

E... acabaram os dois no meio do verde, da natureza, onde precisamente a Katniss começou. Isso demonstra que, apesar de todo o sofrimento que passou, ela ainda é quem ela, ela ainda é a Katniss de coração puro que não deixou que os Jogos a quebrassem. Tem pesadelos? Sim. Mas todos nós temos pesadelos com aquilo que fizemos no passado. Eles definem quem somos hoje é claro, são a causa da nossa grande força e maturidade, mas não devemos deixar que o medo de outrora seja o medo de hoje. E é precisamente isso que ela vai ensinar aos seus filhos. :)

Em suma, adorei o filme. Não chorei, o que é impressionante, e a sessão com casa cheia acabou em altos aplausos, mostrando o quão boa foi a saga e o quão gratos estávamos por nos ter feito sonhar e viajar por Panem ao longo destes anos.




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Séries: 1ª Temporada- Supergirl

Fonte: Imagem do Facebook oficial da série

Já há algum tempo que saiu o episódio piloto e desde aí que os fãs do género aguardavam a continuidade do primeiro episódio da primeira temporada da série que irá celebrar o "poder feminino" e a sua capacidade heróica.

No piloto, a Kara Denvers/Kara Zor-El passa por uma fase complicada descobrindo muitas coisas acerca da sua família e acerca de si própria, até que decide aceitar o seu verdadeiro eu, a Supergirl.

Nestes novos episódios vemos a nossa heroína a combater difíceis inimigos e a constatar que ainda tem muito que aprender.

Sendo uma produção da CBS, claro que não nos podia desiludir, mas confesso que pensei que ia gostar mais da série. Não me convenceu a 100% (ainda). Pelos 3 episódios já lançados, e tendo assistido Smallville, dá a sensação que todo o enredo vai ser semelhante ao do Super-Homem, o que não a tornará única, simplesmente uma cópia com troca de género (já parece que estou a falar da Edição do 10º aniversário do Crepúsculo!).

De notar que não é má, penso que a atriz (Melissa Benoist) é bastante adequada à personagem e toda a história bem contextualizada, porém para mim este é o tipo de séries que sei que não vou seguir religiosamente, pois tem o que chamo "episódios individuais" que é quando um assunto começa e termina no mesmo episódio. Para mim, esta série é algo para "se ir vendo" ao longo do tempo e não para ser vista e esperada todas as semanas. Basicamente é para se ver uma vez ou duas e depois desligar, como o CSI, Castle ou Mentes Criminosas em que vejo um episódio à hora de almoço, outro episódio daqui a 1 mês, outro daqui a 3 e gosto da série na mesma, só que não a sigo episódio a episódio.

Não digo que não vá ter fama ou não ser tema de conversa, até porque irá haver muito marketing em volta dela, porém (e agora entra o julgamento a sério ahah) acho que não chegará ao nível de TWD nem GoT, séries que cativam os fãs e que os fazem esperar pelos episódios ansiosamente, transformando o dia de emissão em "dia santo". 

Contudo, vou continuar a seguir para ver o rumo que a série vai tomar, se separado do enredo do Super-Homem ou não. Mais tarde dar-vos-ei um novo feedback. :) 

Para quem ainda não conhece a série, aqui está o trailer.




sábado, 14 de novembro de 2015

Foquei a câmara e registei o momento

(c) Brenda C.

Que linda paisagem não é? Nem imaginas o caminho que tens que percorrer até lá...

Primeiro uma casa abandonada, um cenário fantástico para qualquer amante de fotografia. Depois um arco de árvores, que mostravam elegantemente o caminho. De seguida, algo mais complicado, um caminho húmido, íngreme, sem locais seguros onde nos sustentar. Para não cair foi preciso pensar estrategicamente, pensar no controlo que temos nas nossas ações... nos nossos movimentos.

Pensar antes de dar um passo, pensar antes de colocar a mão em algo que me possa ajudar a percorrer o longo caminho.

Tal como na vida, nem sempre temos controlo. A certa altura a queda é inevitável. Talvez por falta de espírito crítico, por estarmos cansados ou por estarmos demasiado confiantes do trilho que percorremos, no solo que nos sustenta.

Dói, não dói? Cair quando menos se espera, quando achamos que temos o controlo da nossa vida e no último instante, mesmo antes da queda, nos apercebermos que vamos cair, que podíamos ter evitado esse final...

Nunca é demais estarmos preparados. Nunca é demais o tempo que precises para recuperar dessa dor. Descansar só te faz bem à alma.

Os caminhos que percorrerás não serão fáceis, uns lamacentos, uns de alcatrão, uns suaves e outros declivosos. A certa altura ao parares para observar o mundo ao teu redor, irás aperceber-te que estás num caminho pouco seguro, daqueles que ou acertas ou cais redondamente pela vertente da vida abaixo. Estás tão alta(o) que vês as nuvens ao teu lado, estás tão alta(o) que ao cair poderás não chegar inteira(o) lá baixo...

Obstáculos aparecerão e que tu conseguirás ultrapassá-los sozinha(o). Outros com ajuda de amigos, meros conhecidos e até ajudas de quem não esperavas. E tens que te conformar com o facto de não receberes a ajuda de quem mais esperavas. Essas pessoas por vezes abandonam-nos.

Mas segues em frente, o caminho fica cada vez mais inclinado e mais difícil de não deslizar. E aí há uma altura que tu decides...

Houve uma altura em que eu decidi...

Por iniciativa própria sentei-me, sentei-me e deslizei como se o caminho fosse um escorrega e não importasse a maneira como o descesse. Se bem, se mal, se magoada, se ilesa. Com força de vontade chegaria lá na mesma, por isso decidi provocar o inevitável.

A certa altura já me sentia novamente preparada e ergui-me. Fui até às rochas, ao mar e foi aí que vi.

Ah que linda paisagem não é? Nem acredito no que passei até chegar a ela.

Um descanso soube-me bem. O mar a completar o seu ciclo: espraio, ressaca, espraio, ressaca... Que maravilha de mundo!

Foquei a câmara e registei o momento, que na altura me pareceu perfeito...

Chegando a casa, tranquila da aventura. Já neste tempo de calmia refleti. Olhei todas as fotos, todos os momentos e apercebi-me que na escalada da vida, consoante a fase em que nos encontramos, vemos o que queremos ver. O bonito, o feio, o mau, o bom, o que nos interessa...

Repararam naqueles troncos? Naquele "lixo" que destoa na linda paisagem? Eu sim, mas apenas quando vi a foto em casa. No momento final da descida não vi, pois a minha preocupação era contemplar o sol, ser encantada pela simplicidade da natureza depois desta fase complicada. Olhei o bom e adorei o momento, mesmo sabendo que haveria o imperfeito no meio de tudo aquilo. Mas não me importei com isso, ignorei e concentrei-me no que importa.

Todas as caminhadas que faço na vida fazem-me valorizar o ar que respiro. Fases desafiadoras como esta fazem-me valorizar o bom das coisas, mesmo que elas tenham uma ponta de imperfeição, mesmo que na verdade sejam em parte más, pois apesar de tudo as dores que sentia e o "lixo" tornaram o momento único.

Devemos ver o bom e reconhecer o mau. Devemos contemplar o que a vida nos dá, agradecendo a oportunidade que temos todos os dias. Agradecendo o facto de acordarmos para caminhar nesses caminhos difíceis, caminhos esses que, no fundo, nos enriquecem e dão um maior significado à palavra "viver".



domingo, 8 de novembro de 2015

De que vale dizer as palavras certas se a intenção é vazia?


Há pessoas que se perdem, pessoas que se ganham.
Há pessoas que nos perdem, há pessoas que nos ganham.

Há muito tempo que a vida é feita de momentos, de amizades perdidas, de amores não correspondidos. Há muito que a vida é uma confusão de caminhos rumo à felicidade.

Há muito que os humanos se perdem no que os outros querem que eles sejam e não no que querem ser. Há muito que as pessoas tentam moldar os outros ao seu gosto. Há muito que as pessoas deixaram de aceitar e se adaptar aos seus semelhantes, como é preciso, e os abandonam por eles não serem como esperam.

Há muito que as pessoas não dizem o que sentem, o que pensam... Para quê acumular o "NÃO" dentro de ti quando na verdade é o que queres dizer? Porque deixas que te façam sentir cada vez mais impotente?

Diz "NÃO!" quando for preciso, diz "Basta" quando não forem bons para ti, mas acima de tudo diz "Amo-me"... tem amor próprio. De que vale dizer "Quero-te" se o sentimento já não é o mesmo? 

De que vale dizer as palavras certas se a intenção é vazia?

Algo não te faz feliz? Vira-lhe costas e vai ser feliz. Algo faz-te sentir inútil? Vira-lhe as costas e prova o contrário. Algo de incomoda-te? Diz, resolve e muda!

Todos nós temos problemas, atitudes incorretas e pessoas erradas na nossa vida, mas o que nos define é a nossa capacidade de lidar com eles, pois afinal somos seres capazes do recomeço, de luta e da revolta. 

Todos temos o direito de nos sentir felizes e concretizados e ninguém está no seu direito de nos tirar isso. Se não te sentes assim, infeliz e preso por alguém que não te merece, cara amiga(o), claramente tens as pessoas erradas por perto.

E enquanto seleccionas os desnecessários da tua vida pensa que há pessoas como tu, que se perdem e que tal como tu pessoas que se voltam a ganhar, ainda que para isso tenhas que perder as pessoas que não pertencem à tua vida para poder ganhar as que não te desvalorizem e não te tratem como lixo.

Brenda C.
(08-11-2015)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O podre que tenho dentro de mim


A noite vai longa e deito-me a chorar. Nos últimos dias não tenho tido sono, não com o que se anda a passar... Ajusto os cobertores para me aquecerem, mas só Deus sabe o frio que tenho no coração, a dor que me consome.

Acordo.

Mais uma noite sem sono profundo, nem sequer um pedacinho de sonho. E eu... que sonho todos os dias as coisas mais parvas do mundo, eu que possuo um inconsciente tão absurdo que me faz sonhar todas as noites, sem falhar uma... Agora nem mereço sonhar.

Visto-me, como a pouca comida que consigo meter no estômago e saio de casa.

E lá está, no meio das árvores e prédios do recinto está o grupinho. O grupinho dos meus pesadelos. Passo por ele e sorrio. Avanço em direção à sala escura e silenciosa e sento-me aguardando pelo professor.

Ele chega, a aula começa. Como é normal chegam alguns atrasados, o grupinho entreolha-se e ri, claramente goza com alguém. Desta vez não sei de quem. Olho para eles e sorrio, afinal é a única maneira de me integrar...

Intervalo. Dois grupinhos separam-se, eu fico à parte como sempre. Um é simpático comigo, o outro nem por isso. Toda a gente parece feliz e amiga. Será que só eu sei a falsidade que aí perdura? Será que só eu sei que todos ali falam mal do que está ao seu lado? Será que só eu sei que amizade é algo que entre aqueles "amigos" não existe?



Olhos voltam-se para mim mirando-me de cima abaixo. Palavras são trocadas com olhares tentando não parecerem focar em mim, mas acabando por incidir subtilmente. Param uns segundos, seguidos de um riso de escárnio. Não sei qual o motivo de tanta risota. Talvez seja o meu cabelo que esteja desajeitado... Sorrio-lhes, deixando-as sem jeito, levando-as a depararem-se com o meu pior defeito: a capacidade de me estar a lixar para o que dizem e como olham. A capacidade de as mandar à fava quando me apetece, virar-lhes as costas e abanar a minha anca magricela de que elas comentam tanto achando que me ofendem.

Aulas recomeçam e acabam. O dia termina e vou para casa acompanhada, como sempre. Estes com quem vou são agradáveis comigo, são simpáticos.

Passa o meu colega menos favorito, aquele que sempre abusou um pouco da minha boa vontade e digo-lhe, como sempre, educadamente "Até amanhã!" e ele responde-me "Adeus, amiga. Até amanhã". Não gosto dessa palavra vinda dele, não sou sua amiga, mas deixo passar, deixo sempre. É bom ouvi-la, mesmo que seja de alguém que após algum tempo queira vir abusar da minha boa vontade. Nessa altura hei-de dar conta do recado, mas por enquanto deixo.

O grupinho olha para ele e ri. Comenta o seu jeito de falar, de andar, de acenar, de rir, ... Eles olham para mim e rio desconfortável, sem saber o que fazer... Sem saber o que faço. Olha que bela amiga.

Chego a casa, tomo banho e janto. Olho para o espelho e vejo o nojo de pessoa que sou. Vejo o podre dentro de mim, o podre que me mata lentamente. Sei o que sou, sei o que sofro com os outros e porque deixo estes fazerem o mesmo com ele? Que tipo de pessoa sou? Porque não respondo e luto por ele?

Ele pode não ser a melhor pessoa deste mundo, pode até ser má pessoa, não sei... Não o conheço bem, mas o que sou se deixo que lhe façam isto? Uma vez ouvi dizer: "O que os outros são não me interessa, o que eu sou para eles é da minha responsabilidade."

E neste momento acordo realmente e limpo as lágrimas. Não vou deixar que façam isto com ele, podem fazê-lo comigo, não quero saber, mas com ele não. Quem deita abaixo os outros não se sente confortável consigo mesmo, não é interessante o suficiente, daí precisar de falar dos outros para se sentir superior, como se lhe trouxesse algum tipo de satisfação.

Isso conforta-me, mostra-me que apesar de não fazer nada determinante para que o outro grupo pare de gozar comigo sei que no fundo essas pessoas querem ser como eu, ter o que eu tenho ou ser o que eu sou. Ele não sabe disso ainda, não sabe as razões, como eu sei as delas, mas vou mostrar-lhe... Vou mostrar-lhe a verdade para que ele também possa lutar de volta tendo consciência do que é dito. Para que ele possa andar de passo firme sabendo do que tanto riem e mostrar todos os dias que não o afetam.

E assim, no reflexo do espelho o podre começa um pouquinho a desaparecer e sinto esperança que talvez um dia ele me perdoe por ter rido dele aquelas vezes... Talvez ele perceba que precisei de errar para perceber a verdade.



Mas ainda permanece a dúvida no ar, será que algum dia essas más pessoas vão morrer com o seu próprio veneno? Não gosto de desejar mal a ninguém, mas espero que sim. Espero que um dia, após tantos anos de risos maldosos, finalmente vejam o podre dentro de si e tentem mudar-se. Pena que já será tarde demais, pena que os estragos que fizeram em outras almas não sejam reversíveis. Acredito que monstros desses não sentem remorsos, monstros desses irão sempre achar que o podre e o motivo de risota está nos outros. Eles são divindades perfeitamente ocas que ficando hoje completas com a tristeza alheia, ficarão assim para sempre, envoltas no seu riso venenoso. Só espero que mesmo antes de darem o seu último fôlego se lembrem do quanto mal fizeram e do quão nojentos são.


Brenda C.
(05-11-2015)

Todas as imagens retiradas do site: https://pixabay.com/pt